Eu, Andrelino Machado conversei com o Professor Geraldo Cordeiro sobre a Ética no Ambiente Corporativo:
AM – É possível conciliar e assimilar a ética em tempos de alta competitividade como os que estamos vivendo?
GC: A conciliação é difícil porque a alta competitividade altera as relações de trabalho exercendo grande pressão por eficiência. O trabalhador parece estar em uma corrida por resultados. Este ambiente, designado por teóricos modernos como “modelo das competências” favorece a atitudes individuais e, até coletivas, que não são exatamente éticas. Mesmo assim a ética é possível porque a maioria das pessoas reconhece os valores fundamentais.
AM – Do ponto de vista mercadológico e profissional qual é a importância da ética?
GC: É melhor pensar que a ética antecede o mundo dos negócios e das relações de trabalho. Assim, quem reflete sobre seus valores pessoais e sobre os valores fundamentais define melhor suas ações dentro do espaço mercadológico e profissional.
AM – A ética é um requisito ou diferencial para o sucesso profissional, ou uma coisa não necessariamente depende da outra?
GC: A ética é um requisito para a vida. Em termos práticos pode até não ser requisito imediato para o sucesso profissional, mas há um clamor por responsabilidade. Essa é uma marca das sociedades “pós-modernas”. As sociedades estão vigilantes pelo respeito às regras. Por isso, creio que ética é sim diferencial e requisito para o sucesso profissional a longo prazo.
AM – Muitas pessoas acreditam que dizer sempre a verdade não é uma boa estratégia de vida, ou seja, em muitos casos o melhor é mentir ou omitir. Isso é antiético?
GC: Não é ético. É possível que essa alegação aconteça, por exemplo, nos negócios ou na política, mas é incorreta. Sob a luz da ética é argumento injustificável.
Revisão: Fátima Amaral de Melo
Publicado no Portal Ceviu em 16/06/2009: www.ceviu.com.br
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